O inferno umbandista existe?



Conhecemos e muito o inferno católico, neopentecostal, islâmico, judaico e assim por diante. Na maioria deles existe fogo, enxofre, dor, demônios, o mal assolando a humanidade através dos mais assombrosos e terríveis castigos que o ser humano nem sequer imagina. Mas, na Umbanda, temos um inferno? Ou precisamos tomar o inferno das outras religiões emprestado para temermos nossos erros e regular nosso comportamento em nossa religião?

Umbanda é a liberdade de sermos o que nossa natureza clama! Acredito que o inferno maior do umbandista seja sua própria consciência, pois a Umbanda nos dá uma liberdade tão grande que nós, em certo momento, nos deparamos com nós mesmos e encontramos nossa verdadeira face diante de tantas máscaras que nosso ego nos coloca durante nossa vida inteira. Nossa consciência pode nos levar aos mais profundos abismos de nosso ser, pois trabalhamos em contato direto com o sagrado espiritual e adquirimos mecanismos que nos ajudam na nossa evolução em todos os sentidos à medida que trabalhamos e nos aprofundamos nos mistérios da Umbanda. Umbanda nunca foi e nunca será uma religião rasa de fundamentos e mistérios.Umbanda é muito mais profunda que possamos imaginar e quem realmente tem coragem de se aprofundar em seus mistérios sagrados se transforma profundamente a ponto de transformar-se para sempre em outro ser, muito mais equilibrado e muito mais sábio do que antes. Umbanda é para pessoas fortes, determinadas em uma mudança real e continua e quem só entra na Umbanda superficialmente, com medo de mudanças e com o ego a flor da pele, entra em seu próprio inferno consciencial e começa a se negativar de uma forma que se sente em um inferno verdadeiro mesmo encarnado!Pessoas assim sentem complexo de perseguição, cegueira moral, ira, inveja, malicia, rebeldia, melancolia, estresse, arrogância e enquanto não estiver com uma proposta real de mudança, sentira o inferno em sua mente e em seu ser. Lógico que os Guias, mestres, mentores e Orixás nos auxiliam neste processo de resgate da real natureza divina 24 horas por dia, mas temos que ser fortes, pois para sair de nossa sombra temos que sair de nossa zona de conforto e é aí que muitos desistem de nossa religião. Sair de nossa zona de conforto significa nos expor de dentro para fora e a grande maioria só quer trabalhar na Umbanda de fora para dentro. Umbanda é transformação, é evolução constante, é trabalho árduo no sentido de mudanças fundamentais internas.O inferno do umbandista é sua própria sombra e seus vícios enraizados em seu próprio ego.

Faixas vibratórias negativas existem em nossa Umbanda para acolher os espíritos negativos e ensiná-los a restaurar seu eu sagrado perante as divindades. Porém, acredito que o inferno para o umbandista seja sua própria consciência: quando ele trai e profana a si mesmo através de atos, pensamentos e palavras que trazem o mal tanto para sua vida religiosa como para os outros irmãos que convivem com ele, seja na religião ou em sua vida particular.

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