Iyá-Mi Osorongá


Iyá-Mi Osorongá As Senhoras do Pássaros da Noite – Quando se pronuncia o nome de Iyá-Mi Osorongá, quem estiver sentado deve-se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois se trata de temível Orixá, a quem se deve apreço e acatamento.

Iyá-Mi Osorongá é a síntese do poder feminino, claramente manifestado na possibilidade de gerar filhos e, numa noção mais ampla, de povoar o mundo. Quando os Iorubas dizem “nossas mães queridas” para se referirem às Iyá Mi, tentam, na verdade, apaziguar os poderes terríveis dessa entidade.
Donas de um axé tão poderoso como o de qualquer Orixá, as Iyá-Mi tiveram o seu culto difundido por sociedades secretas de mulheres e são as grandes homenageadas do famoso festival Gèlèdè, na Nigéria, realizado entre os meses de Março e Maio, que antecedem o início das chuvas do país, remetendo imediatamente para um culto relacionado à fertilidade.
Culto a Guelede, ÌyáMi Osorongà, ajé xaluga, opaoca, Yamin, oxoronga, o passaro sagrado as mães ancestrais, Oferenda para ominxoronga


Significa todo um processo de equilíbrio e de harmonia. Para se entender bem tal relação, se faz necessário situar as mulheres do ritual GÈLÈDÈ , que representam o culto às ÌYÁMÌ, as grandes mães ancestrais, encabeçadas por:Nàná ,Yemoja Odùdua, Òsun Ijimu, Òsun Ìyánlá,Yewa e Oya. OdùduA simboliza a grande representante do princípio feminino, sendo o elemento responsável por todo o poder criador, do poder das mulheres, liderando o movimento das ÌYÁMÌ, grandes mães ancestral, que tudo criaram, transformaram e transmutaram desde o princípio dos princípios da formação do universo.




A sociedade GÈLÈDÈS, que já existiu no Brasil, é um ritual de mulheres que vestem panos coloridos – diferentes panos mostrando diferentes procedências. São as diferentes raízes que as pessoas podem ter na maternidade. A máscara ÈFÉ-GÈLÈDÈ que cobre a cabeça da mulher vai representar o mistério, o maravilhoso, na cultura negra. O uso da máscara significa o símbolo de outro espaço, um espaço vivo, um espaço invisível que não se conhece, mas sente-se!
No Brasil esta sociedade existiu, sua ultima sacerdotisa suprema foi Omóníké Ìyálóde-Erelú que tinha o nome católico Maria Julia Figueiredo, uma das Ìyálà se do Ilè Ìyá-Nàsó, com sua morte cessaram-se as festividades, que eram realizadas no bairro da Boa Viagem. O propósito da sociedade GÈLÈDÈ é propiciar os poderes míticos das mulheres, cuja boa vontade deve ser cultivada porque é essencial a continuidade da vida para esta sociedade.
Sem o poder feminino, sem o princípio de criação não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem continuidade. Assim, o princípio feminino é o princípio da criação e preservação do mundo: sem a mulher não existe vida, sendo, segundo os mitos, ser reverenciada e respeitada pelos orixás e pelos homens.


GÈLÈDÈ e suas máscaras se tornam uma metáfora, sendo uma linguagem para a mãe natureza. OGÈLÈ é um símbolo das GÈLÈDÈ porque personifica o útero, pois ele carrega as crianças e as protege. Através das Ìyámì (mães ancestrais) a arte das máscaras é usada para aglutinar as pessoas que se relacionam como filhos de uma mesma mãe, fazendo com que o espírito se manifeste através desta máscara, seguindo e alimentando o espírito humano. Representam o não uso da violência para resolver questões. Nas culturas negras a mulher está presente em todos os lugares.
A máscara tem grande importância na vida religiosa, social e política da comunidade, mostrando as diferentes categorias de mulher:
- mulher secreta – ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar frutos.
-mulher símbolo político  não usa violência para resolver as questões, aglutinando as pessoas, vivendo o cotidiano.
- mulher sagrada – símbolo de todos os tempos, pois está virada para o futuro, sempre vulnerável e frágil, mas é aquela que abre o céu (Òrun) e deixa lugar para a mudança, o futuro, e para a transformação. A sexualidade da mulher negra faz parte da sua essência de princípio feminino, sendo muitos os mitos que representam a função e o papel mulher vista como útero fecundado, cabaça que contem e é contida, responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade. Não se encontra pecado nesta sexualidade.                                                                                     
Através das ÌYÁ as comunidades – terreiros se constituam num verdadeiro sistema de alianças. Desde a simples condição de irmão de santo até a mais complexa organização hierárquica, há o estabelecimento de um parentesco comunitário, como uma recriação das linhagens e da família extensiva africana. Os laços de sangue são substituídos pelos de participação na comunidade, de acordo com a antiguidade, as obrigações e a linhagem iniciativa. Todos estão unidos por laços de iniciação às divindades cultuadas, aos demais iniciados, às autoridades, aos antepassados e aos ancestrais da comunidade. Através do rito se tem todo um sentido de manifestação das mulheres do grupo: rodando, dançando, se integrando com o cosmos, mostrando que temos consciência de que somos elementos dinâmicos, de que o movimento da roda – já que as mulheres são os elementos que dançam em círculo – representa o altar da criação, da vida, já que a terra está em movimento, o universo está em movimento e só se conseguirá estar em sintonia com o universo através do movimento.
GÈLÈDÈ é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso, existente nas sociedades tradicionais yorubás , que expressam o poder feminino sobre a fertilidade da terra, a procriação e o bem estar da comunidade.                                                                                                                                    O culto Gèlèdè visa apaziguar e reverenciar as mães ancestrais para assegurar o equilíbrio do mundo. As principais representações do culto também nos fala um Itan de òséyèkú, que obàtálá e odù logbojé são uma única coisa e no culto a Obàtálá, Òsòrongà é diretamente participante , o próprio Itan nos fala: “tudo aquilo que o homem vier a conseguir na terra, o será através das mãos das mulheres” . esta é uma tradição do culto a Obàtálá, pela relação direta de Yemoja Odùa. – Itan òsá méjì(o mito da roupa de Éégún)- quanto ao culto Èfé-Gèlèdè , os homens participam , até nas chamadas “incorporações”- dàpò sòkan – e uma das principais diferenças, estão nas próprias danças rituais, quando “feminina” e lenta e nobre, quando “a masculina” é firme e agressiva, e cabe aos òsò de Òòsààlà’ esta função.- Seja ako, baká, mundiá, tetedè, okunriu, onilu e“às outras” .  Mais quando se trata da essência da filosofia, na relação Obàtálá (símbolo da ancestralidade masculina) e, Yemoja Odùa – (Òsòròngà – símbolo da ancestralidade feminina) como uma relação perfeita, trazida por Òsé-òyèkú , e também pela relação de ambos com Ikú.
O culto anual de Èfé-Gèlèdè, originário da cidade de Ketu no décimo quarto século, é organizado no começo da estação de cultivo a terra exatamente por uma importante questão dentro da cultura Yorùbá – a Fertilidade. Este culto se organiza da seguinte forma- sua parte diurna é exatamente Gèlèdè e sua parte noturna é Èfé (o pássaro). Os dançarinos são homens, contudo representam homens e mulheres em suas representações.
Isto prova que o culto das Gèlèdè não é vetado aos Homens. 

As Iyá-Mi são as senhoras da vida, mas o corolário fundamental da vida é a morte. Quando devidamente cultuadas, manifestam-se apenas no seu aspecto benfazejo, são o grande ventre que povoa o mundo. Não podem, porém, ser esquecidas; nesse caso lançam todo o tipo de maldição e tornam-se senhoras da morte.                                                        
O lado bom de Iyá-Mi é expresso em divindades de grande fundamento, como Apaoká, a dona da jaqueira, a verdadeira mãe de Osòosi. As Iyá-Mi, juntamente com Esù e os ancestrais, são evocadas nos ritos deIpadé, um complexo ritual que, entre outras coisas, ratifica a grande realidade do poder feminino na hierarquia do Candomblé, denotando que as grandes mães é que detém os segredos do culto, pois um dia, quando deixarem a vida, integrarão o corpo das Iyá-Mi, que são, na verdade, as mulheres ancestrais.                                                                                                                                            O poder de Iyami é atribuído às mulheres velhas, mas pensa-se que, em certos casos, ele pode pertencer igualmente a moças muito jovens, que o recebem como herança de sua mãe ou uma de suas avós.  Uma mulher de qualquer idade poderia também adquiri-lo, voluntariamente ou sem que o saiba, depois de um trabalho feito por alguma Iyami empenhada em fazer proselitismo.
 Existem também feiticeiros entre os homens, os oxô, porém seriam infinitamente menos virulentos e cruéis que as ajé (feiticeiras).                         Ao que se diz, ambos são capazes de matar, mas os primeiros jamais atacam membros de sua família, enquanto as segundas não hesitam em matar seus próprios filhos. As Iyami são tenazes, vingativas e atacam em segredo. Dizer seu nome em voz alta é perigoso, pois elas ouvem e se aproximam pra ver quem fala delas, trazendo sua influência.
Iyami é freqüentemente denominada eleyé, dona do pássaro. O pássaro é o poder da feiticeira; é recebendo-o que ela se torna ajé. É ao mesmo tempo o espírito e o pássaro que vão fazer os trabalhos maléficos.
Durante as expedições do pássaro, o corpo da feiticeira permanece em casa, inerte na cama até o momento do retorno da ave. Para combater uma ajé, bastaria, ao que se diz, esfregar pimenta vermelha no corpo deitado e indefeso. Quando o espírito voltasse não poderia mais ocupar o corpo maculado por seu interdito.
Iyami possui uma cabaça e um pássaro. A coruja é um de seus pássaros. É este pássaro quem leva os feitiços até seus destinos. Ele é pássaro bonito e elegante, pousa suavemente nos tetos das casas, e é silencioso.
"Se ela diz que é pra matar, eles matam, se ela diz pra levar os intestinos de alguém, levarão". 
Ela envia pesadelos, fraqueza nos corpos, doenças, dor de barriga, levam embora os olhos e os pulmões das pessoas, dá dores de cabeça e febre, não deixa que as mulheres engravidem e não deixa as grávidas darem à luz.
As Iyami costumam se reunir e beber juntas o sangue de suas vítimas. Toda Iyami deve levar uma vítima ou o sangue de uma pessoa à reunião das feiticeiras. Mas elas têm seus protegidos, e uma Iyami não pode atacar os protegidos de outra Iyami.
Iyami Oshorongá está sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres humanos. Está sempre irritada, seja ou não maltratada, esteja em companhia numerosa ou solitária, quer se fale bem ou mal dela, ou até mesmo que não se fale, deixando-a assim num esquecimento desprovido de glória. Tudo é pretexto para que Iyami se sinta ofendida.
Iyami é muito astuciosa; para justificar sua cólera, ela institui proibições. Não as dá a conhecer voluntariamente, pois assim poderá alegar que os homens as transgridem e poderá punir com rigor, mesmo que as proibições não sejam violadas. Iyami fica ofendida se alguém leva uma vida muito virtuosa, se alguém é muito feliz nos negócios e junta uma fortuna honesta, se uma pessoa é por demais bela ou agradável, se goza de muito boa saúde, se tem muitos filhos, e se essa pessoa não pensa em acalmar os sentimentos de ciúme dela com oferendas em segredo. É preciso muito cuidado com elas. E só Orunmilá consegue acalmá-la.

As Conferências Noturnas: 
O Poder de Iyá Mi está vinculado e mais fortalecido à noite, pois sua Força nasceu no Odú Oyekú Meji, que governa a noite. E está representado na Coruja, que rasga à noite, carregando em si, a Força temível de Iyá Mi Oxorongá. Oxorongá que na África é um pássaro cujo o grito aterrador onomatopaico invoca as Iyá Mi. Quando se depara com este pássaro, ou a coruja, a voar espalmado à noite se grita: “Fo,Fo, Fo!” (Voe,voe, voe!) e cobre-se a cabeça, para que ela não pouse sobre ela e traga a Morte. Pois acredita-se que este pássaro pode carregar a Morte ao voar à noite. O poder das Iyá Mi também está associado às fogueiras, pois Iyá Mi desceu à Terra através do Odú Osá, que rege o fogo noturno das fogueiras que iluminam as conferências das feiticeiras. Conferências estas que podem ser usadas para perseguir as pobres víctimas das Ajé (Feiticeiras), que podem amaldiçoar e mandar seus pássaros a buscar o sangue e a Vida de suas víctimas. O Poder de Iyá Mi pode ser terrível, pois é a Senhora da Vida, e também da Morte. Somente Orunmilá pode salvar as víctimas de Iyá Mi Ajé. 

As Conferências Diurnas:
    O Poder de Iyá Mi pode ser também uma grande Dádiva, pois à mulher cabe o Poder para o Milagre aqui na Terra, pois Deus, ouve as mulheres. As maiores representantes do Poder Benfazejo das Iyá Mi são as Obirinxás (Orixás femininos): Oxum, sua rainha, a Senhora da Fertilidade, das Águas doces, do Amor e da Beleza, e a doce Mãe do Ouro e do Mel. Obá, a Guardiã da sociedade Geledé, a guerreira das causas de Amor e de Injustiça. Oyá, ou Iyansan, a Senhora do Vento e dos Espíritos, Deusa da Paixão e Patrona do Movimento Feminista. Iyemanjá, a Senhora das Águas de onde surgiu a Vida, Patrona da Família e Mãe do Parto e de todas as cabeças, e muitas outras Obirinxás fabulosas. Como podemos ver, sem água, sem fertilidade, sem as bênçãos de nossas mães é impossível a Vida e impraticável o Plano Divino de Olórum no Aiyé. Dessa forma, cabe o poder à mulher, e seu poder gerador de milagres, pois, se a Vida é um Milagre, e a mulher é capaz de gerá-lo, também todo e qualquer Milagre Iyá Mi é capaz de gerar. Com a Graça da Mãe Maior – Odudua, esposa de Orunmilá e filha dileta de Olórum. 


O OVO:   ovo é o principal e maior símbolo da fertilidade, utilizado amplamente nos rituais de purificação, iniciação, Borí e èbós de propiciação e defesa.                                              Existem vários contos de Ifá relatando a grande importância do OvoUma delas conta que, Òlódúnmàré (Deus) estava para dar origem ao universo, tinha num pote de barro “Quatro Ovos”.
Com o 1º ovo deu origem primeiramente a Òòrìsànlà-Òbátálà, que surgiu na explosão da luz, sem forma, quando literalmente Deus disse haja luz, Òòrìsànlà surgiu no mundo.  
Com o 2º deu origem a Ògún, à forma. 
Já com o 3º, deu origem à Òbálúwàiyé e à estrutura.
O 4º ovo, acidentalmente, caiu de sua mão estourando no chão e revelando sua riqueza, originando assim a primeira mulher universal, chamada Ìyàmi-òsòróngà, assim, expôs o segredo de sua riqueza para o grande pai, mostrou seu poder de fertilidade e sobrenatural, expondo-os a olho nu diante do Deus Supremo, nascendo assim, a fonte mantenedora da vida.                                                                                                                                                                                                       O Ovo possui três diferente cores, associadas às cores principais e primordiais do universo: o ovo de casca azul, que representa a cor preta e é relacionado ao “Aba”, a escuridão, as trevas das profundezas da terra e mares. O ovo de casca brancatem relação com o “Iwà”, a explosão da luz. Finalmente o ovo de casca vermelha é relacionado ao “Àsé”, ao fogo mantenedor da fertilidade, ele é totalmente relacionado ao poder sobrenatural. Seu conteúdo possui diversas características, o qual na maioria das vezes é branco, frágil e oval.
Dele nasceu um novo ser, associado a idéia de que o universo teria surgido primordialmente dele próprio, na forma de um protótipo do mundo. Como um filho de asas negras = ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ que foi cortejado pelo vento = ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ.


ovo é uma célula reprodutora feminina dos animais chamada macro-gameta, ou seja, rudimento de um novo ser organizado, primeiro produto do encontro dos dois sexos, pelos quais desenvolve a possibilidade de existência do fato. Germe, origem, princípio. Uma imagem viva do grande mundo (O Universo), em oposição ao microcosmo (o homem). O Ovo é resultante da composição e fecundação de óvulos, possuindo 4 partes; a 1º é a casca que representa o útero (invólucro mítico), a 2º é membrana interna que representa a bolsa, placenta uterina (parede defensora), a 3º parte é a clara, matéria viscosa e esbranquiçada, do grupo das proteínas que representa o útero, e a 4º parte é a gema amarela, parte intima, central e globular suscetível de reproduzir, a qual representa o feto, um novo ser engendrado preparado para nascer e autuar no que for necessário. O mito do ovo está presente em todas as culturas antigas, entre elas a Yorubà, Polonesa, Fenícia, Chinesa, Eslava, Polinésia, Finlandesa, Hindu, Germânica, Hebraica entre outras.
A força germinal contida no ovo, esta associada à energia vital com grande desenvolvimento através de Èsú, motivo pelo qual, tanto o ovo como Èsú, desempenha uma função importantíssima no culto Yorubà, principalmente no culto de ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ, ÒSÚN, IYEWÁ, OYÀ, ÒMÒLÚ, etc...
Confirmando um total culto à fertilidade, magias curativas, purificando e quebrando as forças maléficas, a gema, sangue germinal unida à clara para obter nutrientes e hidratação necessária, são transformados em um único ser vivo individual no interior do ovo, plagiando o mesmo processo do interior do útero, que indiscutivelmente é o mesmo processo que acontece nos rituais, numa mesma idéia de união do casal universal; Òòrìsànlà-Òbátálà e Iyémowo.
Porém, no contexto do ovo, a junção acontece mais rapidamente não existindo nenhum tipo de vinculo biológico entre a mãe e o filho, ou seja, não existe cordão umbilical. Isto explica o poder contido no ovo por si só, o qual foi um elemento criado diretamente pelo todo poderoso Òlódúnmàré (Deus). Ele colocou primeiramente o Ovo no mundo, logo depois surgindo dele a vida, ou seja, a ave. Por isso, o ovo é um elemento originado do criador, o símbolo mais importante e representante do poder de ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ, a mãe universal, que necessita intrinsecamente do poder masculino de ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ, o qual faz do ovo um elemento de muito Àsé (poder realizador).                                                                                                                      ovo é utilizado amplamente nos rituais sob várias formas. Depois de encantados por palavras mágicas; na finalidade de neutralizar o mal, purificar a cabeça de um Iyawó, antecedendo sua iniciação, assim como, purificar a cabeça a qual receberá sacrifícios no Orí, antecedendo o borí. O ovo também é capaz de purificar o caminho de pessoas que possuem obstáculos em suas vida; tirar problemas e confusões; purificar uma pessoa com maus espíritos; tirar doença de mulheres e bebês; tirar a Ikú do caminho de alguém. ovo e também utilizado nos rituais de propiciação; na finalidade de obter fertilidade, atrair dinheiro, produtividade nós negócios e apaziguamento de certa situação quando utilizado em èbós de seu a ÌYÀMI-ÒSÒRÓNGÀ. O ovo quando cozido é utilizado inteiro sobre as oferendas das divindades, tendo somente a função de neutralizar doenças negativas. Já quando cozido e esfarinhado misturado ao “EKURU” também esfarinhado, é utilizado como uma espécie de comida que ao espalhada sobre o solo da Casa deÒrìsá, tem a finalidade de agradar os “AYES” (espíritos que residem na terra), espantando assim o mal ou neutralizando as energias negativas, quando invocado neste ritual; os AYES estai sob o domínio de Ìyàmi-òsòróngàÈsú Òbálúwàiyé, propiciando abundância e prosperidade para a Casa.
ovo cru com seu frescor, quando utilizado inteiro em oferenda tem a função de tranqüilizar e refrescar. Por isso, é comum vermos muitos ovos crus depositados no chão aos pés de certosAjùbòs (assentamentos de Òrìsas), eles têm a finalidade de atrair abundância e proteção. Isso tem o intuito de fazer com que todas as divindades compreendam perfeitamente que o èbò é uma súplica de fertilidade, germinação de filhos. Dependendo da atuação da Divindade, ela não só atuará no tocante da fertilidade no útero, mais também propiciará dinheiro, sorte, saúde e desenvolvimento na vida, por ser o ovo um agente naturalmente fértil. Quando os ovos crus são quebrados e passados diretamente na cabeça, eles têm a função poderosa de purificar e livrar até 80% qualquer tipo de feitiço ou qualquer outro tipo de negatividade que esteja sobre o Orí da pessoa.
Quando em um èbò, ovos crus são atirados no chão ou quebrados em cima do corpo de uma pessoa em um sacrifício de purificação, vulgarmente chamado de descarrego, tem por finalidade desobstruir os caminhos, tirando as dificuldades da vida ou qualquer espírito de força contrária que esteja acoplado no corpo (obsessores). Ao ser quebrado ele revela sua riqueza e seu poder tanto sobrenatural como concreto, pois no exato momento que é quebrado, o ovo não terá mais a possibilidade de germinar, ou seja, nascer algo dele, portanto em um tipo de substituição ou troca, ele matará o problema, possibilitando o fim de algo ou de uma situação negativa. Por este motivo, o ovo cru deve ser quebrado principalmente no Òrí da pessoa, numa espécie de preparação da cabeça, que logo depois irá levar aos ritos sacrificatórios:
Começando pelo 1º, o sangue negro, Agbo-tutu (sumo de ervas fresca), em seguida o sangue vermelho advindo de aves ou quadrúpedes e finalmente o sangue branco do igbin (caracol) que é espremido por cima de tudo, com isso é feita a purificação, possibilitando a existência da força sobrenatural, acalmando e fertilizando a cabeça, que neste momento recebe o puro asé , com a união dos três sangues primordiais.
Quando um ovo é quebrado em qualquer ritual, o nome Ìyàmi-òsòróngà é respeitosamente citado e reverenciado, porque qualquer que seja o ovo, ele lhe pertence, como relata vários Itãn-Ifá.
Quebrar um ovo na rua (atirando no chão) pela manha por três ou sete dias consecutivos, chamando Èlegbara e Ìyàmi-òsòróngà e espargindo dendê por cima, consiste em um simples e poderoso ritual do culto de Ìyàmi-òsòróngà, o qual tem a finalidade de afastar qualquer tipo de dificuldade ou prejuízo, acalmando qualquer energia avessa do caminho de uma pessoa. Como relata ifá, o ”Ovo de pato” é o símbolo da vida e umas das proibições de Ikú (morte). A utilização do ovo de pata cru, é essencial principalmente em certos rituais, com finalidade de quebrar a força da morte, de doenças e perdas, com isso a pessoa sairá vitoriosa obtendo longevidade, saúde e ganhos. Quando cozido e esfarinhado é utilizado como agente purificador passando pelo corpo de uma pessoa em èbós de Egungun ou Onilé (para dentro da terra), também com casca e tudo é transformado em pó (seco ao sol), utilizado no igbà-Orì e assentamentos dos Òrìsás de relação com ikú. Ex: Èsú, Ògún, Òbálúwàiyé, Iyewá, Òmòlú, Erinlè, Ibeji, Sàngó, Oyà, Iyémowo, Òòrìsànlà, Ajaguémó, Iroko, Yòbá, Onilé, Egungun e Gèlèdè.
Como relata Ifá, o único Òrìsá que não possui relação comikú é o òrìsá Òsún. Por ela não aceitar qualquer relação com a morte, também não aceita que os animais em seu culto sejam sacrificados (mortos) em cima de seu Okuta. Por esse motivo não admiti a utilização de qualquer utensílio de cor escura, marfim, osso, buraco, agressividade e doença, os quais possuem totais relações com a morte. Isto também explica o porquê Òsún não aceita que suas filhas morram facilmente, assim Òsún os protege dando longa-vida, em uma ação de prolongar ao máximo o contato com a morte. Todos esses aspectos de Òsún estão relatados nos Itãns do Odu Ósé.

Classificação dos Ovos:

Ovo de galinha cru – purifica e tranqüiliza.
Ovo de galinha cozido – tirar doenças.
Ovo de galinha esfarinhado – neutraliza a negatividade do ambiente, atrai prosperidade e abundância. 
Ovo de pata cru – enfraquece a força da morte, doenças graves e perdas.
Ovo de codorna – neutraliza feitiços.
 Ovo de Galinha D’angola – propicia dinheiro, sorte, prosperidade riqueza e sucesso nos negócios.
 Ovo de pombo – propicia tranqüilidade e fertilidade.

TÍTULOS DE ÌYÀMÌ:

Ìyàmì-Òsòróngà = Poderosa Mãe cultuada na Sociedade Osoronga.


Ìyàmì-Ajé = Poderosa Mãe administradora do Poder Sobrenatural. Titulo em alusão quando seu culto é realizado na LUA NOVA na finalidade de utilização dos poderes sobrenaturais em defesa a uma agressividade (feitiço), ou relacionado aos projetos, ideais, envolvimentos e recolhimento de Yawo. "Por ser o ciclo mais escuro da lua".


Ìyàmì-Eleye = Poderosa Mãe Proprietária dos Pássaros. 


Ìyàmì-Oduwà = Poderosa Mãe proprietária do recipiente da existência (o mundo).


Ìyàmì-Odu = Recipiente – Útero – Cabaça – O Planeta – Ovo – Esferaexistencial.


Ìyàmì-Alaiye = Poderosa Mãe proprietária de toda extensão Terrestre.

Ìyàmì-Ekunlaiye = Poderosa mãe que inunda a Terra com Água...

Ìyàmì-Iyemonja = Poderosa Mãe senhora que possui muitos filhos comocardumes de Peixes. "Uma alusão a sua qualidade anfíbia a quantidade de ser humanos existentes na terra comparada aos peixes no Mar". (Titulo relacionado a Egun e não a Ogun como muitos erradamente afirmam )

Ìyàmì-Iyemowo = Poderosa Mãe que é o próprio dinheiro de suas filhas(búzios). "uma alusão a grande quantidade de búzios que utiliza em suas roupas" (Titulo que é cultuada no culto de Orisanlá).

Ìyàmì-Omolu = Poderosa Mãe a filha sagrada de Deus. (Título que é cultuada ao lado de Obaluwaiye)

Ìyàmì-Omolulu = Poderosa Mãe rainha das formigas. "Uma referencia ao fato de esta associada ao subsolo (Título que é também cultuada no culto de Obaluwaiye).

Ìyàmì-Ori ou Iya-Ori = Poderosa Mãe das Cabeças. "Uma alusão ao fato de está relacionada aos rituais de sacrifício animal sobre uma cabeça". (Titulo que é também cultuada nos ritos de Bori).

Ìyàmì-Buruku = Poderosa Mãe Antiga. Uma referencia ao planeta na suaantigüidade existencial.

Ìyàmì-Agba = Poderosa Mãe ancestral associada ao poder feminino.

Ìyàmì-Ako = Poderosa Mãe que é o pássaro Ako. Titulo referente ao 3o dia da lua cheia e a seu culto exatamente na sociedade das Geledes.

Ìyàmì-Iyelala = Poderosa Mãe senhora dos sonhos. (relacionada a revelação de situações através de sonhos).

Ìyàmì-Ayala = Poderosa Mãe esposa daquele que é o Céu. "Uma referencia ao fato da Terra ser coberta pelo Céu o próprio Oorisanla". 

Ìyàmi Onilé = Poderosa Mãe proprietária da Terra. "Titulo referente areverencia e aos rituais realizados dentro da terra". Outra referencia é ao fato de ser o lugar mais próprio de se cultuar toda classe de espíritos, na qual Ela é a grande apaziguadora desses espíritos ou forças rebeldes. Numa única função de tranqüilizar, apaziguar ou neutralizar qualquer tipo de força oculta agressiva.

Òdu-Logboje = Cabaça Existencial no Universo. Uma referencia ao planeta Terra.

Ìyàmì-N'la = Poderosa grande Mãe. Uma referencia a grandeza do planeta Terra e seu culto elementar. Titulo que plagia o titulo de Orisa'nlà.

Ìyàmì-Asiwòró = Poderosa Mãe canalizadora das energias nos ritostradicionais.

Ìyàmì-Osupa = Poderosa Mãe que controla as força da lua.

Ìyàmì-Petekun = Poderosa Mãe que é povoada. Uma referencia a relaçãocom Èsu.

Ìyàmì-Ako = Nome de Ìyàmì dentro da sociedade Gelede, titulo que assume o posto de primeira Dama desta sociedade.

Ìyàmì- Egeleju = Poderosa Mãe dos olhos delicados.

Ìyàmì-Eleje = Poderosa Mãe proprietária do fluxo da vida (sangue).

Ìyàmì-Oru-Alé = Poderosa Mãe da madrugada ou Noite.

Ìyàmì-Oga Igi= Poderosa Mãe que faz o alto das árvores de trono. Umareferencia ao fato dos Pássaros pousarem no cume das grandes árvores.

Ìyàmì-Ilunjó = Poderosa Mãe que dança o ritmo da morte. Uma referencia ao ritmos tocado para Ogun "Aquele que dança o ritmo da morte".

Ìyàmì-Elesenu = Poderosa Mãe Proprietária de todos os órgãos internos(vísceras).

Ìyàmì-Apaki = Poderosa Mãe que mata. Uma referencia ao fato que nodecorrer da vida acontece a morte.

Ìyàmì-Naré = Poderosa que o próprio ventre.

Ìyàmì-Araiye = Poderosa Mãe que controla todos os espirito da Terra(encarnados e desencarnados). 

Ìyàmì-Koko = Poderosa Mãe Anciã. Uma referencia a antigüidade do planeta.

Ìyàmì-Kekere = Poderosa Mãe pequena do universo. Uma referencia aofato de Iyami ser a administradora da vida no planta auxiliando Olodunmare (Deus ).

Ìyàmì-Olotojú = Poderosa Mãe que espia do alto. Uma referencia ao fato dos pássaros pairarem no Ar e observarem tudo de cima.

Ìyàmì-Arajado = Poderosa Mãe que olha para o Céu. Uma referencia ao fato da Terra esta coberta pelo Céu.

Ìyàmì-Oloriyàmi = Poderosa Mãe proprietária das águas. Uma referencia aos Mares e a água do útero.

Ìyàmì-Mase malè (Abrev.: Iyamase malè) = Poderosa mãe que não permiteo mal chegar na noite... Uma alusão às noites em que sobrevoa na sua forma de pássaro, nos lugares em que é invocada e reverenciada com louvores e saudações. Título este muito reverenciada nas rodas de Sango (Egungun)quando e enquanto dançam em volta da fogueira ao ar livre, fato memorável ao poder sobrenatural que possibilita Sàngó como o grande Egungun(ancestral) voltar à Terra possuindo seus Eleguns durante as festividades. 




Itans:
ORÚNMILÁ CALMA AS ÌYÀMÍ ÒSÒRÒNGÀ
Chegando ao mundo, os filhos das pessoas e os filhos das Eleye brigam; os primeiros sendo perseguidos pelos segundos. Os filhos das pessoas vâo pedir portecâo a diversos Òrìsà sucessivamente. Nim Òrìsànlá, nem Sàngó, nem Oiá ou Obá tem forca suficiente para lutar contra Ìyàmí-eleye. Eles pedem a Orúnmilá para protegé-los. Este conhece gracas a Èsù, os segredos de Ìyàmí-eleye. Ele sabe que, chegando ao mundo, elas vâo beber água em sete rios cujos nomes ele conhece.
Tendo consultado, ele fez as oferendas prescritas de folhas de ojúsájú, óyoyó, àánú, e agogo ògún, mel, uma pena de papagaio, giz (efún) e pô vermelho (osûn).
Assim protegido, ele é capaz de enfrentar ìyàmí, pois as oferendas intercedem a seu favor; a folha de óyoyó declara que ìyàmí esta satisfeita (yonú) com ele; e de ojúsájú que ela respeita (sájú) ...
Ìyàmí-eleye está satisfeita. Entretanto impôe uma condicâo antes de dar seu perdâo: Orùnmilá deverá descifrar um enigma que le será apresentado. Ele deverá adivinhar o significado da frase: “Elas dizem: atirar; Orúnmilá diz apanhar”, e isto sete vezes. Orúnmilá responde que elas vâo atirar ovo sete vezes e ele deverá apanha-lo dentro da borra do algodâo. Orúnmilá é entâo perdoado e os filhos das pessoas também. A história termina com um canto no qual Orúnmilá revela o segredo dos sete ríos; das quatro folhas, do mal, da pena de papagaio, e dos pôs vermelho e branco. Ìyàmí satisfeita diz a Orúnmilá que ele ficará velho , que si tiver necessidade de sua ajuda bastará cantar aquela cancao, fazendo também as mesmas oferendas; onde quer que seja o lugar que ele se encontre, os sete céus de cima; os sete Zeus de baixo, ou em qualquer dos quatro cantos do mundo seu desejo será atendido.
(“Grandeur et décadence do culte de Ìyàmí Òsòròngà, Journal de la Societé des Africanistes, tomo XXXV, f. I Prís, 1965) 


Ofo Ìyámi Òsòròngá: 
Mo júbà ènyin Ìyámi Òsòròngá
O tònón èjè enun
O tòokòn èjè èdòMo júbà ènyin Ìyámi
ÒsòròngáO tònón èjè enun
O tòokòn èjè èdòÈjè ó yè ní kálè o
Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò
Ó yíyè, yíyè, yèyé kòkò 
Meus respeitos a vós, minha mãe
OxorongáVós que seguíeis os rastros do sangue interior
 Vós que seguíeis os rastros do coração e do sangue do fígado.
Meus respeitos a vós, minha mãe
 OxorongáVós que seguíeis os rastros do sangue interior 
Vós que seguíeis os rastros do coração e do sangue do fígado.
O sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos,
E ele sobrevive, sobrevive, ó mãe muito velha.
O sangue vivo que é recolhido pela terra cobre-se de fungos,
E ele sobrevive, sobrevive, ó mãe muito velha

Oriki:
Olókiki-kàtákàta
 l'ekùn npa eran mã ni yan.
Olú gbóhún-gbóhún ki ni
Òsun ebá èjé.
Osún-g' ó wo èw´`u èjé.l'pá eni tiko fe ki hun ká dùn.
Ani e sìn òni kànge.Odò bara òto-lú.
Omi a dake je pá eni.
Omo Opaára
 Òga ti dâmu sese ìbà o!
Ìbá Ìyámi o!
 N"ìmò moje ni koje ti Àroni.
Èmí wa forí-bale fún sese,
Olú-igbò-pé.
Eleye kí ntúka ni lóke òrun.
Ìyá tèmi mi ni gbá li àkókò.
 Enyin akoni alà molè-gbada.
Èmi wá k'lyá onilè. ibà yin o.
 Àse! Àse! Àse!
tradução:
 Famosa aqui e acolá,
leopardo que mata o animal e continua a caminhar soberanamente.
 Chefe escuta, escuta,
Òsun viaja no sangue, vermelho,
vermelho, ela se veste com roupa de sangue,
e mata a pessoa de má vontade de surpresa para que não resmungue a sua volta atormentando-a.
Eu sei que ela conduz o dia de hoje e irá bater à porta.
 O rio agitado não é trapaceiro, ele avisa.
 A água calma deixa matar as pessoas .
O filho de Òsun ,
Ògà ( o camaleão) que deixa perplexa ÌYÁMI, saudções!
 Saudações ìyámi!
Aquela que sabe reponder o chamado de Aroni (espírito da floresta)
Espírito venha curva se para ìyámi, a Dona da floresta.
O passaro que se distancia no alto do céu.
Minha mãe, eu a reconheço a qualquer tempo.
Vós sois a pessoa forte que possui o brilho da espada.
Eu vim aqui, mãe terra, saudar sua origem e disparar vossa arma.
Assim seja!


 ÀDÚRÀ TI ÌYÁMI ÒSÒRÒNGÁ
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Ìyá kéré gbo ìyámi o
Pequeninas mães, ó idosas mães
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí 
Todas as senhoras dos pássaros quando eu
Ìgbàmú ilê
Cumprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz
Gbogbo Eléye mo Ìgbàtí 
Todas as senhoras dos pássaros da noite
Ìgbàmú ilê
Todas as vezes que comprimo a terra
Ìyá kéré gbohùn mi
Pequeninas mães, ouçam minha voz

 Odabò!

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